quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Feliz 2011

O Pura Luz deseja a vocês um novo ano cheio de alegrias!

E Para entrar no clima da alegria que 2011 chegará trazendo, mais um texto de Osho.


Quando a alegria acontecer,

simplesmente agradeça

Querido Osho, o ego ainda está ativo quando eu sinto alegria e contentamento?

Champak, quando a alegria está presente, não existe ego. Mas quando a alegria se vai, o ego retorna; e quando o ego retorna, ele transforma a alegria em uma experiência. Fora isso, quando a alegria está presente, não existe experienciador nem experiência – não existe divisão. Não é que você sinta alegria, você é a alegria. Quando a alegria está presente, você não está, a alegria está, apenas a alegria. Porém, mais ou cedo ou mais tarde...

Você ainda não é capaz de conter aquela alegria para sempre; a janela e a porta se fecham, a fragrância desaparece, a música vai se tornando distante até desaparecer. O ego está de volta e diz, ‘Garoto, que bela experiência! Foi muito legal, fantástico!’ E agora, aquilo que não era uma experiência foi reduzido a uma experiência.

Você me pergunta: O ego ainda está ativo, quando eu sinto alegria e contentamento?

Quando você está verdadeiramente na alegria e no contentamento, o ego não está, ele não consegue estar, porque o contentamento não pode estar junto com o ego – é impossível – eles não conseguem existir juntos. Nunca se ouviu isso. A coexistência deles é impossível. Quando a alegria e o contentamento estão presentes, apenas Deus está.

Mas eu posso entender a sua pergunta, Champak. A pergunta surge mais tarde, quando o ego retorna e o momento de alegria já desapareceu, daí ele toma posse. O ego é muito ganancioso, ele toma posse de tudo, ele acumula tudo. Ele reduz toda coisa viva em uma coisa morta, porque somente coisas mortas podem ser acumuladas. Aí, ele diz, ‘Mantenha isto como uma memória, isto foi uma grande coisa.’ E aquilo ficou reduzido a uma memória. E o ego ainda diz, ‘Tenha este tipo de alegria mais e mais vezes, crie mais alegrias.’ E você sabe que você não foi o criador dela; ela só veio quando você não estava, ela veio sem ser solicitada, ela veio por si mesma, ela veio inesperadamente. Você não foi o criador da alegria, você não a fabricou, você não colocou ela ali; ela foi algo do além que de repente tomou posse de você, que o sacudiu, deu-lhe um banho. E por um momento você esteve iluminado pelo sol, esqueceu todas as suas misérias, angústias e dores. Você não era um homem naquele momento, aquilo foi um vislumbre da energia búdica, exatamente a experiência de um relâmpago.

Mas o ego não pode perder a oportunidade. Uma vez que o momento tenha passado, ele imediatamente salta, toma posse daquilo e armazena na memória. E fica instigando você a ter mais daquilo. Daí você fica com um problema, pois você não sabe o que fazer para trazer aquela alegria de novo.

Isto acontece diariamente aqui. Quando pessoas novas chegam até a mim e elas começam a meditar, de repente, num dia aquilo acontece – a bênção – e elas ficam emocionadas, ficam em êxtase. Mas o ego toma posse e depois aquilo se torna cada vez mais difícil de acontecer. Então, elas ficam preocupadas, ‘Aquilo aconteceu... Por que não está acontecendo agora?’

Aconteceu porque você não estava alerta a respeito, aconteceu porque você não havia solicitado. Você não poderia ter solicitado, porque você não tinha qualquer experiência prévia. Aconteceu porque não havia nenhuma procura daquilo, aconteceu porque você não estava buscando – você não poderia ter buscado, pois aquilo era desconhecido. Agora você já conhece algo a respeito, e porque conhece, você está procurando por aquilo. E porque você está à procura, você está presente. E a procura do buscador persiste, permanece – o buscador é a barreira.

Esta é toda a mensagem de Yoka e de seu Shodoka – toda a mensagem: a que o buscador é a barreira. Deus não pode ser buscado; Deus vem. Você tem apenas que estar receptivo, disponível e isto é tudo.

Quando em meditação você sente o êxtase surgindo pela primeira vez, não é você que está fazendo aquilo. Fique alerta. Você não está fazendo coisa alguma. Aquilo está acontecendo com você – é um puro presente. Sinta-se agradecido. Não pense em termos de que você é o fazedor, não dê um tapinha nas suas próprias costas, não diga, ‘Olhe, eu fiz isto’. Se tiver agido assim, você terá problemas, pois aquilo não virá de novo. Você se tornou esperto, engenhoso e a sua inocência se perdeu.

Assim, sempre que acontecer belas experiências de alegria, contentamento, amor, beatitude e benção, lembre-se de uma coisa, você não é o manipulador delas; elas simplesmente vêm. Sinta-se agradecido e diga obrigado, e esqueça tudo a respeito delas. Não as guarde em sua memória, e não fique ganancioso a respeito delas. Se você ficar ganancioso o ego já entrou e, por vingança, ele começa a envenená-lo de novo.

Champak, o ego desaparece muitas vezes, na vida comum ele também desaparece muitas vezes, mas as pessoas não sabem como manter aqueles momentos de pureza intactos, sem serem poluídos pelo ego, o qual logo em seguida entra em ação; ele está de prontidão para entrar. Isto nada tem a ver com meditação enquanto tal. A meditação é apenas uma das maneiras para torná-lo disponível, para ajudá-lo a se tornar passivo, receptivo e feminino. Mas isto acontece; apenas por ver um pássaro voando, isto pode acontecer.

O primeiro samadhi de Ramakrishna aconteceu desse jeito. Ele tinha apenas 13 anos de idade. Ele estava voltando para casa, vindo da fazenda, e passava pelo lago do vilarejo quando alguns cisnes de repente levantaram vôo. O céu estava escuro, cheio de nuvens carregadas. Em contraste com o fundo daquelas nuvens escuras, os cisnes brancos reluziam como relâmpagos. O momento era tão puro, a beleza era tão completa que Ramakrishna curvou-se ali mesmo no chão em grande prece. Ele foi golpeado por Deus.

Ele permaneceu inconsciente por algumas horas. Alguém o descobriu e as pessoas carregaram-no para casa. Aquele foi o seu o seu primeiro samadhi. Quando ele abriu seus olhos, depois de algumas horas, ele era um homem totalmente diferente. Aqueles olhos não eram mais os antigos; eles tinham um novo brilho. Seu rosto não era mais o antigo; ele tinha uma nova glória. O garoto estava transformado. As pessoas começaram a venerar o garoto; elas vinham de longe, dos mais variados lugares, apenas para ver o que tinha acontecido. Alguma coisa divina o havia penetrado. E ele não estava fazendo coisa alguma. Ele simplesmente estava passando pelo lago, mas ele nunca permitia que seu ego tomasse posse dele. Quando as pessoas perguntavam ‘O que você fez?’ ele respondia, ‘Eu nada fiz, aconteceu.’ Ele nunca ficou ganancioso para que aquilo acontecesse de novo; caso contrário, ele teria perdido o ponto. E aquilo começou a acontecer repetidas vezes; mesmo devido a coisas pequenas aquilo começava a se desencadear.

Você não consegue encontrar cisnes voando no meio de nuvens escuras todos os dias. Mas aquilo não era o ponto; aquilo apenas desencadeou. E depois, qualquer coisa pequena... Alguém estava sorrindo e acontecia. Uma flor na beira do caminho, se Ramakrishna a visse, ele entrava em êxtase e já não estava mais ali. Ou alguém dizia alguma coisa... bastava o som. Alguém estava repetindo um mantra... bastava o som. Ou alguém tocando uma veena... bastava o som, e ele entrava em êxtase.

Mais tarde isto se tornou difícil para seus discípulos; levá-lo a qualquer lugar era um problema. Na estrada, caminhando, de repente ele já tinha ido, ele desaparecia. Em qualquer lugar que ele fosse, qualquer coisa...

Na verdade, lentamente, lentamente, tudo é divino; lentamente, lentamente, qualquer coisa...

Isto deve ter acontecido com Basho, o poeta e místico Zen.

O antigo lago

Um sapo salta

Plop!

Basho deve ter entrado em um profundo êxtase – apenas o ‘plop’, o som do sapo saltando no antigo lago, era suficiente, mais do que suficiente, e a porta se abria.

Ela se abre para você também – Deus é generoso – mas você perde o ponto, porque você o interpreta erroneamente. Algumas vezes acontece quando você está fazendo amor, mais freqüentemente quando você faz amor, porque esta é a sua experiência mais profunda. Ramaskrishna deve ter sido uma alma muito estética, caso contrário, quem entraria em tamanho orgasmo por ver alguns cisnes voando ao encontro das nuvens negras? Ele deve ter sido de uma imensa sensibilidade estética. Aquilo era o suficiente para ele entrar em estado orgástico.

Normalmente as pessoas não são tão sensitivas; elas se tornaram muito duras. Para conseguir sobreviver, elas tiveram que colocar uma armadura ao seu redor, exatamente para se protegerem; elas tinham medo de ficar vulneráveis. Mas enquanto você está fazendo amor, você se torna vulnerável. Naquela intimidade, o vislumbre vem; você se perde, você está possuído por alguma energia que não é você. Você é minúsculo, comparado com ela. A energia é imensa, enorme.

Mas não tome posse dela no momento seguinte; o ego é muito astuto. Quando aquela energia vem, agradeça a Deus, e quando ela se for, agradeça a Deus, mas não se torne de maneira alguma um fazedor, permaneça um não-fazedor.

OSHO – The Sun Rises in the Evening – Capítulo 10 – pergunta n° 3

Tradução: Sw. Bodhi Champak


Retirado do site www.oshobrasil.com.br

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A Arte de Viver

O homem nasce para levar a efeito a vida, mas tudo depende dele, que pode deixar que ela escape. O homem pode seguir em frente respirando, comendo, envelhecendo; pode prosseguir rumo ao túmulo – mas isso não é vida, isso é morte gradual. Do berço ao túmulo... Uma morte gradual de em média setenta anos. E pelo fato de milhões de pessoas em torno de você estarem morrendo nessa morte gradual e lenta, você também começa a imitá-los. As crianças aprendem tudo de quantos as rodeiam, e estamos cercados de mortos. Assim, primeiro é preciso que compreendamos o que é vida. Ela não deve ser tão só envelhecer, deve ser crescer. E essas são duas coisas diferentes. Envelhecer, qualquer animal é capaz disso. Crescer é prerrogativa dos seres humanos. Só alguns reivindicam esse direito. Crescer significa adentrar cada vez mais o princípio da vida; significa distanciar-se da morte, não seguir rumo a ela. Mais fundo se mergulha na vida, mais se compreende a imortalidade em si mesmo. Nesses casos, você se afasta da morte; chega um momento em que você pode perceber que a morte não é se não mudar de roupa, de casa, de formas - nada morre, nada pode morrer.

A morte é a maior ilusão que existe. Para crescer, basta que se observe uma árvore. À medida que esta se desenvolve, suas raízes se estendem mais fundo. Há um equilíbrio – quanto mais alta a árvore, mais fundas as raízes. Você não pode Ter uma árvore de 50 metros com raízes curtas; estas não suportariam uma árvore tão grande.

Na vida, crescer significa mergulhar fundo em você mesmo – que é onde estão as suas raízes.

Infelizmente, porém, sua inocência é condenada como sendo ignorância. Esta e a inocência apresentam uma semelhança, mas não são a mesma coisa. A ignorância também é um estado que envolve não conhecer, assim com a inocência – mas aqui também há uma grande diferença, a que a humanidade não deu a devida atenção até agora. A inocência não é “culta”, contudo, ela tampouco é desejosa de sê-lo. Ela está satisfeita e feliz por inteiro.

Uma criancinha não tem ambições, não tem desejos. Acha-se por demais absorvida no momento – um pássaro voando prende-lhe a atenção; basta uma borboleta de cores vistosas para que a criança fique encantada; o arco-íris no céu dá-lhe a impressão de que não há sobre a Terra algo que seja mais pleno de sentido e valioso. E a noite cheia de estrelas, estrelas alem de estralas... A inocência é rica, plena, pura.

A ignorância é pobre, é mendiga – quer isso, quer aquilo, quer ser “culta”, quer ser respeitada, abastada, poderosa. A ignorância trilha a senda do desejo. A inocência é o estado da ausência do desejo; porém, pelo fato de ambas não terem conhecimento, permanecemos confusos acerca de sua natureza. Temos para nós que ambas são a mesma coisa.

O primeiro passo na arte de viver será entender a distinção entre ignorância e inocência. Esta tem de ser apoiada, protegida – porque a criança traz com ela o maior tesouro, o tesouro que só os sábios só encontram depois de esforços imensos. Os sábios dizem que se tornam crianças de novo, que renascem. Na índia, o verdadeiro Brahman, o verdadeiro conhecedor, chamou-se a si mesmo dwij, duas vezes nascido. Por que duas vezes nascido? O que houve com o primeiro nascimento? Qual é a necessidade do segundo nascimento? E o que ele ganhará no segundo nascimento?

No segundo nascimento ele ganhará, ele ganhará o que estava disponível no primeiro nascimento, mas a sociedade, os pais, as pessoas a volta dele aniquilaram o que estava disponível, destruíram-no. Cada criança está sendo cheia de conhecimento. De alguma forma, sua simplicidade tem de ser eliminada, porque ela não vai ajudada no mundo da competição. Sua simplicidade dará ao mundo a impressão de que quem a detém é uma pessoa simplória; sua inocência será explorada de todos os modos possíveis. Com medo da sociedade, com medo do mundo que nós mesmos criamos, tentamos fazer de cada criança alguém inteligente, perspicaz, culto – fazer que se enquadre na categoria dos poderosos, não na categoria dos oprimidos e desprovidos de força.

E, uma vez que a criança começa a se desenvolver na direção errada, ela prossegue seguindo esse caminho – toda a sua vida transcorre nessa direção.

Toda vez que você percebe que deixou de aproveitar a vida, o primeiro princípio a ser recuperado é a inocência. Deixe de lado o conhecimento, esqueça as suas escrituras, esqueça a sua religião, a sua filosofia. Procure renascer, resgate a inocência – e ela estará em suas mãos. Purifique a mente de tudo que você sabe, de tudo o que foi tomado de empréstimo. De tudo o quer advém da tradição, das convenções. Tudo que lhe foi dado pelos outros – pais, mestres e universidades – simplesmente seja livre.

OSHO

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Co-Dependência Não Mais

Ainda há muita desinformação sobre o que é co-dependência e as dificuldades que essa síndrome emocional causa na vida dessas pessoas que estão sempre em busca, muitas vezes de forma perversa e auto-destrutiva, de preencher o terrível vazio emocional das suas vidas.

É muito comum ligar a co-dependência às famílias que tem dependentes de álcool ou drogas, o que dificulta muitas vezes o diagnóstico e o tratamento, já que a co-dependência não se limita somente aos familiares de dependentes químicos.

Com uma baixa auto-estima, os co-dependentes vivem em função dos outros a que querem controlar, mandar e fazem um “jogo” onde o poder de dominar é a essência. Esse domínio, a luta para tê-lo ou não é vital para o co-dependente. Tudo isso para buscar reconhecimento, para compensar uma falta de amor próprio.

Emocionalmente dependentes dos outros, não conhecem a sua realidade, não conseguem estabelecer os seus limites e perdem totalmente a sua identidade, já que passam a viver a vida do outro a quem querem controlar, desde a maneira como tem que conduzir a sua vida, os seus pensamentos e até os seus comportamentos. Essa marcação “cerrada” sobre o outro sempre causa desentendimento e mal estar. O co-dependente acredita que é responsável pela felicidade e necessidade dos outros.

Vive uma vida de ilusão, de sofrimento, de ansiedade e de angústia. Nada está bom para ele e por mais que conquiste, sempre tem a sensação de vazio, que está faltando alguma coisa na sua vida. Essa falta é uma das suas características em uma vida pontuada de extremos. Uma hora é o grande salvador, disposto a resolver os problemas dos outros, a ajudar, e como carece de limites, constantemente está invadindo o outro com as suas orientações e conselhos que na verdade passam a ser imposições. No outro extremo é a grande vítima quando as coisas não saem como queria.

Desconhece os seus sentimentos, se sacrifica pelo outro, sempre dizendo não para si mesmo, tenta controlar a vida do outro, na qual não tem poder para isso e deixa de controlar a sua própria vida. Se sentem mal quando percebem a impotência de controlar ou mudar uma pessoa, um sentimento de fracasso toma conta de si. Tem muito medo de ficar sozinho, da rejeição, do abandono e lança mão de tudo, de uma maneira distorcida e inadequada para que isso não venha acontecer.

Quer que as coisas se resolvam e sejam da sua maneira e não percebe que muitas vezes os seus desejos e até os seus sonhos não são seus, mas da outra pessoa a quem está tentando controlar. A realidade é tão distorcida que dentro da sua ilusão acredita que a sua felicidade depende dos outros. Passa a ser um escravo, emocionalmente falando, das outras pessoas.

Tem dificuldade para se relacionar consigo mesmo, com os outros e até com Deus, a quem dá uma conotação humana devido aos abusos emocionais sofridos.

Doença gerada na família de origem que era disfuncional, o co-dependente carrega consigo sentimentos de culpa, medo, insegurança, raiva, frustração, vergonha e desenvolve comportamentos compulsivos em relação ao sexo, a alimentação, ao trabalho, ao dinheiro (fazendo gastos excessivos), ao álcool ou outras drogas em uma tentativa de controlar os seus sentimentos interiores. Tudo em vão.

O co-dependente não pode ver uma pessoa com problemas que lá está ele pronto para resolvê-los, no fundo, não para buscar uma solução para o outro, mas para si mesmo como uma recompensa. Desdobra-se nessa ajuda (tudo pelo reconhecimento), mas com certeza irá cobrar depois, e que cobrança, como se o outro tivesse a obrigação de retribuir, mas do seu modo e da sua maneira. Quando há envolvimento com um dependente químico, as coisas se complicam. Se compararmos a co-dependência com a dependência química vamos perceber a semelhança entre elas. As duas são doenças de negação. Sintomas como a raiva, angústia, depressão e desespero, são os mesmos. O dependente químico luta para tentar controlar a droga e o co-dependente para controlar o dependente químico e em ambos o resultado é o fracasso, portanto a progressividade tanto da co-dependência como da dependência química caminham lado a lado.

A negação é o grande obstáculo para um tratamento em qualquer uma das duas. É difícil para um co-dependente reconhecer que precisa mudar o seu modo de vida. Do mesmo modo, um dependente um dependente químico é resistente a mudanças. Tanto o co-dependente como o dependente químico só irá administrar com mais qualidade as suas vidas, quando admitirem o sofrimento que a doença provoca. Antes disso, não vão perceber o grau de destruição das suas vidas.

O que precisa ser ressaltado é que a co-dependência pode sim ser o início para que a pessoa desenvolva a dependência por drogas. Devido às compulsões, o risco do uso do álcool ou de outras drogas é muito grande. Por isso é necessário que o adicto não só trate da sua adicção, mas também da sua co-dependência.

Além disso, problemas clínicos podem ser sintomas da co-dependência que se não for tratada da maneira adequada vai passando de geração para geração.

É fundamental que além do dependente químico estar em tratamento, os seus familiares também se tratem da sua co-dependência.

Como já foi exposto, os relacionamentos são extremamente afetados sob o impacto da co-dependência. Mas é necessário ainda acrescentar que mensagens enraizadas lá na infância podem muitas vezes interferir no relacionamento de um casal e destruir casamentos. A ”imperiosa” necessidade de fazer o outro feliz acaba sufocando a relação onde a identidade de um ou do outro não é respeitada. Muitas vezes no seu círculo social, o co-dependente tem uma relação conflituosa. É comum ouvirmos as queixas de que “não estão respeitando os meus sentimentos” ou “estão me explorando” porque na verdade o co-dependente se liga ao outro de uma forma errada, distorcida, tentando impor seu comando, desrespeitando limites, manipulando e como se isso fosse possível, ditar as regras e normas que a outra pessoa deve seguir na vida. Muitas vezes falam e fazem o que não querem só para agradar os outros, se anulando com isso.

Outro ponto que precisa ser trabalhado é o preconceito que acompanha a co-dependência. A pessoa deixa de ir a uma terapia, a um grupo, a cuidar de si porque “a ligam” com dependência química(drogas).

Uma pergunta muito comum que se ouve no início do tratamento é se tem cura. Falar em “cura” e co-dependência como se tomasse uma pílula e a vida mudasse sem nenhuma interferência da própria pessoa, não existe. “Curar” em co-dependência significa reconhecer, admitir e aceitar a doença e a partir daí iniciar as mudanças no modo de viver, dar qualidade à vida, vivenciar a realidade e não insistir em uma existência baseada na ilusão, passar a controlar o que se pode controlar que é a própria vida, viver uma relação funcional, buscar o equilíbrio físico, emocional e espiritual, a auto-estima, o amor próprio e com isso melhorar o relacionamento com os outros e consigo mesmo.

Em co-dependência, “curar” significa viver a vida, descobrir o seu sentido e amá-la.


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A Lógica de Einstein

Duas crianças estavam patinando num lago congelado da Alemanha. Era uma tarde nublada e fria, e as crianças brincavam despreocupadas. De repente, o gelo partiu-se e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou. A outra, vendo seu amigo preso e a congelar, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim quebrá-lo e libertar o amigo.

Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino: "Como é que conseguiste fazer isto? É impossível que tenhas conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequenino e com mãos tão frágeis!"

Nesse instante, o gênio Albert Einstein que passava pelo local, comentou:

"Eu sei como é que ele conseguiu."

Todos perguntaram: "Pode nos dizer como?"

"É simples", respondeu o Einstein, "Não havia ninguém ao seu redor, para lhe dizer que não seria capaz."

Deus fez-nos perfeitos e não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos. Fazer ou não fazer algo, só depende de nossa vontade e perseverança.

(Albert Einstein)

Conclusão: "Preocupa-te mais com a tua consciência do que com a tua reputação porque a tua consciência é o que tu és e a tua reputação é o que os outros pensam de ti. E o que os outros pensam, é problema deles."

A verdadeira seiva da vida está dentro de você.
Agora mesmo você pode voltar-se para dentro e olhar.
Não é preciso cerimônias nem orações.
Você só precisa fazer uma viagem silenciosa dentro do próprio ser.
Eu chamo isso de meditação, uma peregrinação silenciosa ao próprio ser.
E, no momento em que encontra seu centro, encontra toda a existência.

Osho

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Criança Emocional

A criança emocional não é você de fato, mas é um pedaço de você muito latente e muitas vezes responsável por suas escolhas que muda toda a trajetória de sua vida, interferindo no seu casamento, seu trabalho, sua relação com as pessoas e com o mundo.

É ela que nos diz que não iremos conseguir, é ela que nos diz que nós somos assim ou assado, é ela que muitas vezes nos deixa desconfortáveis em um momento até de descontração, é ela que nos deixa com medo de viver!

Não é fácil reconhecer quem somos nós de fato, seguir com essa certeza em nossa vida e torná-la mais confortavél, mas é possível!

A verdadeira seiva da vida está dentro de você. Agora mesmo você pode voltar-se para dentro e olhar. Não é preciso cerimônias e nem orações. V
ocê só precisa fazer uma viagem silenciosa dentro do próprio ser. Eu chamo isso de meditação, uma peregrinação silenciosa dentro do próprio ser.

E, no momento em que encontra o seu centro, encontra o centro de toda existência.